Você vai entender o processo que faz com que o corpo
endureça, fique branco e tenha mal cheiro.
Por Caroline Hecke em 06/03/2013
Até hoje ninguém conseguiu
provar o que acontece após a morte: existe realmente alguma continuação para a
alma ou nossa existência se resume ao planeta Terra? Provavelmente, essa é uma
certeza que só teremos depois de morrermos, mas podemos, ao menos, saber o que
acontecerá com nossos corpos assim que o coração parar de bater.
SUAS CÉLULAS SE ABREM
O processo de decomposição do
corpo começa alguns minutos depois da morte. Quando o coração para, nós
experimentamos o algor mortis ou o frio da morte, quando a temperatura do corpo
esfria em uma média de 1,5 ºC por hora, até atingir a temperatura ambiente.
Quase imediatamente, o sangue se torna mais ácido com o acumulo do dióxido de
carbono. Isso é o que faz com que as células comecem a se dividir, esvaziando as
enzimas dos tecidos.
VOCÊ FICA BRANCO – E ROXO
A gravidade deixa as primeiras
marcas instantes depois da morte. Enquanto o corpo todo fica pálido, células
vermelhas do sangue passam para as partes do corpo que estão mais próximas do
solo, já que a circulação foi interrompida.
O resultado disso são manchas
roxas nas partes mais baixas, algo que é conhecido como livor mortis.
Juntamente com a temperatura do corpo, essas marcas ajudam os legistas a
identificar o tempo e a posição do corpo no momento da morte.
O CÁLCIO ENDURECE SEUS
MÚSCULOS
Você já deve ter ouvido falar
que um corpo morto se torna duro e difícil de se mover. O nome disso também vem
do latim: o rigor mortis aparece cerca de três horas depois da morte, atinge
seu pico 12 horas depois e se dissipa depois de 48 horas.
Isso acontece pois existem
bombas nas membranas das células musculares que regulam o cálcio no corpo.
Quando as bombas param de funcionar, inundações de cálcio fazem com que os
músculos se contraiam e endureçam.
SEUS ÓRGÃOS VÃO SE DIGERIR
Depois do rigor mortis, vem a
putrefação dos órgãos. Essa fase geralmente é retardada pelo embalsamamento,
mas é algo de que não se pode fugir. As enzimas do pâncreas fazem com que o
órgão comece a se digerir.
Micróbios vão se juntar a
essas enzimas, deixando o corpo todo verde a partir do ventre. Segundo Caroline
Williams, da NewScientist, "os principais beneficiários são as 100
trilhões de bactérias que passaram suas vidas vivendo em harmonia conosco em
nossas entranhas." Conforme as bactérias vão tomando conta do corpo, ele
libera putrescina e cadaverina, que são os compostos responsáveis pelo mal
cheiro do corpo humano após a morte.
VOCÊ PODE FICAR COBERTO DE
CERA
Depois da putrefação, o
processo para transformar o corpo em esqueleto é geralmente rápida. No entanto,
alguns órgãos tomam um rumo no mínimo interessante. Se o corpo entrar em
contato com o solo ou a água fria, ele pode desenvolver adipocera, um material
ceroso formado por alterações químicas que ocorrem com a destruição de tecidos
pelas bactérias.
A adipocera funciona como um
tipo de conservante natural dos órgãos internos. Em alguns casos, isso pode
confundir investigadores sobre o tempo de morte real. Em um caso recente, um
corpo coberto de adipocera foi encontrado em uma baía na Suíça. O cadáver, com
cerca de 300 anos, ainda trazia a substância em volta do tronco.
O certo é que todos morreremos
um dia. Se você for cremado, uma parte dessas etapas será perdida, mas o fato é
que de alguma forma “terminaremos”, seja como pó, esqueleto ou um esqueleto de
cera.
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